sábado, 21 de setembro de 2013

BAILE CHUNGA


                    BAILE CHUNGA


 

      Baile chunga é uma dança de características palaciano-popular que tem, no seu espírito, o “cuidado” e intenção de animar o Povo. Realiza-se periodicamente e em condições excepcionais pode acontecer com alguma irregularidade, dependendo tudo do comportamento de quem “organiza” o baile e do carácter de quem dança… É um baile mandado e na sua preparação – com a antecipação que convém – não faltam, obviamente músicos, bailarinos e assistência. Sendo um baile particularmente distinto de qualquer outro e para que seja mais espectacular também dá lugar a fantoches…

        AGORA ATENÇÃO AO BAILE MANDADO:

 

Senhoras e meus senhores

O baile vai começar.

Entram gaitas e tambores

Cada qual ‘scolhe o seu par.

             ====o====

      (Bate certo!)

Bate certo não se enganem,

Vamos acertar o(s) Passos…

Abram alas, fechem Portas,

Se não podem que se esganem…

Se sentem os olhos baços

É porqu’as salas são tortas.

                ====o====

          (Vai!)

Vamos rodar à direita,

E agora vira à esquerda.

Isto nunca mais sen’direita,

Já me enganei, oh que merda!

                 ====o====

         (Não te enganes)

Bate o pé e não te deixes

Enganar, se não cais!

Porque depois não te queixes,

… é tarde pra soltar ais…

                ====o====

         (Troca o par)

Meia volta e troca o par,

E a banda toca um fado…

Neste baile desgarrado

Alguém te quer enganar…

              ====o====

      (Bate o pé)

Dá-lhe a volta e bate o pé,

Bate nesta chungaria,

Se não queres ser a ralé

Expulsa esta porcaria!

           ====o====

      (Terminou)

Terminado este baile,

São horas de ir embora.

… os músicos já se esqueceram…

Das canções que nos tocaram.

Calça os socos, veste o xaile,

Vamos chorar lá pra fora…

Ai que m’anestesiaram,

Oh meu Deus que me fod.ram!...  

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ELEIÇÕES À VISTA


  ELEIÇÕES À VISTA – VIVA O FOLCLORE!

Pairam nuvens sombrias no firmamento…                                                                                            

Auguram tempestade cá em baixo na terra

Receia a plebe maior sofrimento,

Os deuses, vingativos, declaram guerra!

Clemência ó Céus, acabai este tormento…

E puni vigorosamente quem tanto ódio encerra.

                         ====o====

Deuses insanos

Que tudo devoram!

Com torpes enganos

Os humildes exploram

Dizem ter planos

Mas o povo ignoram!

                             ====o====

Grassa a fome, a doença, a ignorância,

Os nababos modernos vivem na abastança,

Tiram proveito duma vil matança,

Já nem escondem a sua arrogância!...

                               ====o====

Abre os olhos Portugal e pega em armas!

Noutras, que não só as da razão…

Essas, já se viu, não garantem pão,

Pega noutras, de contrário, mais te alarmas…

                               ====o====

Estás pobre porque alguém

Te roubou o que ganhaste;

Não chores porque ninguém

Tem culpa se neles votaste!...

                                 ====o====

Mas é tempo de abrires os olhos…

E de punir quem te roubou.

… fez-te promessas aos molhos

E afinal… só te enganou!...

 
(Por Albertino da Costa Veloso, algures no Planeta Terra, 19 de setembro de 2013).       

      

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

PRESIDENTE OU PRESIDENTA?


      PRESIDENTE OU PRESIDENTA?


 

      Li algures que a palavra PRESIDENTA não existe ou não se aplica. Tanto faz. Mas será assim? Bem, como adiante se verá, não é por gostarmos ou não que as coisas deixam de ser como são…

      É do conhecimento geral que a Língua Portuguesa tem sido, de há uns tempos para cá sujeita a várias agressões, a tal ponto que as pessoas que a usam com regularidade – quer oral quer escrita – esbarram contra montanhas de dúvidas umas, outras asseveram categoricamente o contrário do óbvio. Tem algum tempo a polémica levantada sobre a palavra PRESIDENTA. Figuras ilustres da área da cultura e da escrita negam a existência do termo. Com razão ou sem ela? É o que iremos ver no DICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA, 7ª Edição da Porto Editora: - Presidenta,  s. f. (neol.) fem. de presidente; mulher que preside… Chega ou a teimosia vai continuar?...

      Para terminar, o meu comentário: uma coisa é aquilo com que concordamos ou não; a outra é sermos obrigados a conviver com o que temos. Ainda que adulterado e a perder respeito. Eu, que estou velho para me sujeitar a brincadeiras de mau gosto, vou continuando a navegar em águas já minhas conhecidas, e evitar as rotas dos novos iluminados…

 

 

 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

SOLIDARIEDADE


A SOLIDARIEDADE (AINDA) EXISTE

 

      Os sinais de alarme soaram, accionados por M. Inês  Ribeiro, e velozmente atravessaram fronteiras alertando para o perigo iminente. Em causa está a vida de uma pessoa. A precisar de tratamento especializado urgente, cuja esperança de êxito só se poderá encontrar na Alemanha e sem meios financeiros para o conseguir, Elisa Daniel, na flor da vida, corre sérios riscos de nos deixar para sempre!

      Postas ao corrente de tão grave situação, as pessoas logo se uniram, criando expontaneamente um movimento de solidariedade, com a finalidade de angariar fundos que contribuam para o resultado que todos desejamos. E o primeiro passo já foi dado: um almoço que reuniu cerca de 300 amigos e um leilão de algumas ofertas renderam já o pecúlio inicial. Mas, como facilmente se poderá compreender, é apenas uma gota dum oceano imenso de necessidades que – assim esperamos – virão a ser supridas com muitas mais ajudas, sobretudo pecuniárias.

      Nesse sentido eu lanço daqui o meu apelo a todos os amigos de boa vontade para que, num gesto de sólido humanismo se juntem em torno desta nobre causa e, dentro das possibilidades de cada um, ajudem, vamos ajudar todos, a salvar a Elisa. O seu internamento, se puder ir, será no dia 9 de Outubro próximo. Vamos fazer tudo para que ela vá. E regresse viva e sã.

       O NIB: (ELISA DANIEL) 0035 0210 0002 1982 7004 9;

       IBAN: PT5000 3502 1000 0219 8270 049;

      BIC: CGDIPTPL;

      TLM: 969 483 516.

      HOJE POR ELA, AMANHÃ POR UM DE NÓS.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

SENTINELA ALERTA!


SENTINELA ALERTA!

 

Pois é, meus amigos… não podemos descurar a vigilância, sob pena de passarmos a ver-nos confrontados com situações à margem do bom relacionamento que caracteriza as pessoas de bem. Se é verdade que de certo modo temos a faculdade de selecionar os nossos amigos, o mesmo não se passa com os nossos inimigos. Isto é, aos nossos amigos convidamo-los para entrarem em nossas casas, ou são eles que nos convidam para entrar nas suas. Os nossos inimigos entram sem serem convidados, quando e onde menos se espera, cujas intenções e resultados são na maior parte das vezes imprevisíveis e nefastos.

Tomemos como exemplo este “Cantinho”, que tínhamos como uma sala de visitas onde os amigos se encontravam para troca de opiniões e relembrar tempos idos, imbuídos do espírito da sã convivência, e eis que um intruso – que terá apostado com alguém que ia lançar a confusão – aparece sorrateiramente, como é apanágio dos marginais, a minar (ou armadilhar) uma amizade que civilizadamente vinha sendo reforçada.

Não é preciso ser-se versado em relações humanas nem possuir dotes elevados de Psicologia (a que estudei ficou-se pela rama) para se concluir com alguma facilidade de que tipo de pessoa se trata. E a minha análise é tão só esta: do ponto de vista psiquiátrico é desequilibrada; do ponto de vista sociológico acompanha-a uma frustração persistente. A incoerência e o despropósito são as notas mais em evidência. Se dúvidas houvesse bastaria reparar nas alarvidades que despeja no espaço reservado aos comentários: nada é dito que corresponda a uma resposta ao que foi publicado. Prefere lançar-se numa provocação gratuita e incoerente. E a algaraviada com que tenta explicar-se é no mínimo confrangedora…

16491 disse...

Hors de contexte:

16491,nao é anonimo,mas sim uma matricula Militar a qual identificava todas as Praças !

Nao estava às 3 da manha en face à l'ordinateur; esta foi a hora em que você fez un copier coller de meu comentàrio.
Nao me vou justificar com seres indignos 'racaille).
16491
9 de Julho de 2013 às 10:34

Ora num Português sofrível, ora num pretenso Inglês misturado com um pretenso Francês (gostaria de saber como é que se consegue aprender uma língua estrangeira sem se saber a Língua Pátria…), aqui temos o retrato dum aprendiz de sabotador.

Meus amigos até um dia. Por agora vou tirar os pés da lama…

domingo, 7 de julho de 2013

OS LATIDOS DO CHACAL


OS LATIDOS DO CHACAL

 

Numa passagem pelo Cantinho do Tintinaine, no espaço para os comentários, deparo com umas suinices escritas num Português a rondar um analfabetismo chocante, que nada tinham a ver com a matéria abordada pelo Carlos Manuel Silva, que se referia a uma fotografia do (então) 1º Tenente Zilhão, ao tempo comandante das Instalações Navais dos Portos do Lago Niassa (a designação não é o mais importante).

Eis, o que encontrei no meio dos comentários:

25 de Junho de 2013 às 03:04

AnónimoEx-Fuzo (3 comissoes no papo) disse...

Li num blog d'um ex-fuzo (o Animal fez 4 comissoes),mas pelo que diz devia de estar no Paiol dos géneros ou deve de estar num estado de demença muito avançado.
Aqui vai sua confissao : sempre fui pela Independencia de Moçambique ! Como é possivel fazer uma carreira Militar se os Principios sao contra.Os tipos da Pide eram uns Santos a comparar com este demente !
Como dizia meu Avô: abrir a boca para entrar merda ou sair moscas,mais vale ter o "cu" fechado !
16491

Conhecendo como julgo conhecer os ex-camaradas de armas e comissões, concluí que de todos nós, 4 comissões, só eu as fiz. Logo, o anónimo cobarde – que se calhar nem me conhece – resolveu naquela noite, talvez num pretenso ajuste de contas com a Marinha ou com os Fuzileiros, bolçar o veneno das suas frustrações acumuladas ao longo da sua vida, quer militar quer civil.

Pensei e repensei se deveria ou não responder a este senhor (se é que se pode atribuir a designação de senhor a um verme). Ignorá-lo, como se faz às coisas inúteis, talvez fosse melhor. Mas eu, que pautei sempre a minha honra pela luta contra os crápulas, disse para comigo: calado é que não vais ficar. E aqui estou eu pronto a dissertar sobre todos os pontos de que fui alvo e a seguir dar-lhe a resposta adequada.

O “Animal” a que se refere fez 4 comissões e em nenhuma delas esteve no Paiol de Géneros. Nas 3 primeiras andou sempre a bater com o “coirão” no mato ou no mar, e só a última, já com 40 anos, é que esteve na secretaria. O mesmo não poderá dizer o autor das baboseiras, porque deve ter sido dos tais que andava sempre dispensado de todo o serviço e os colegas é que teriam de ir para as operações por si, uma prática muito comum nos golpistas e maus camaradas.

Sobre o meu estado de “demença” (aconselho-o a ir frequentar uma escola nocturna  para aprender a escrever DEMÊNCIA) devo dizer-lhe que sempre que escrevo estou na posse duma perfeita lucidez, ao contrário do ”Ex-fuzo com 3 comissões no papo” que, à hora em que cuspiu o seu chorrilho devia estar etilizado ou sob o efeito de outros produtos não menos susceptíveis de provocar distúrbios mentais.
Sempre fui, sim, a favor da Independência de Moçambique. A favor dum Moçambique (assim como de outros territórios) governado por gente capaz, independentemente da pigmentação da epiderme, mas com uma preparação prévia de nunca menos de 2 anos, para assumir com êxito o cargo da governação. E o facto de eu ser militar não me retira a faculdade de pensar pela minha cabeça, de saber distinguir o bem do mal, qualidade que escapa aos robots que as mães pariram para andarem por aí puxados pela trela…
Acredito que sinta alguma nostalgia dos “santos da PIDE”. Da forma veemente como os defende, “bons serviços” lhe deve ter prestado. Infelizmente a Marinha em geral e particularmente os fuzileiros tinham os seus “bufos”, que por via dessa qualidade canalha eram protegidos, pois a missão primordial que tinham, para onde fossem, cingia-se à recolha de” informações que pudessem interessar para a Defesa do Estado” e comunica-las. E assim se arruinaram muitas carreiras, famílias e lares. Após o “25 de Abril”, data que os saudosos abominam, muitos foram expulsos ou saneados, outros apressaram-se a ir-se embora com receio das retaliações, e outros, ainda, passando pelas malhas da protecção que continuou, foram ficando. “Três comissões no papo” que devem ter sido feitas permanentemente a caminho das consultas nos hospitais da cidade e os camaradas que fossem para o mato, que os relatórios a enviar aos “santos da PIDE” estavam em primeiro lugar. O amor tem destas coisas: um acontecimento com que não esperariam (porque eram tansos) separou-os. Agora, que a prática política apresenta contornos do antigamente, julgam chegado o momento do reencontro e para isso há que ir enfeitando o ramo, lavar a imagem e preparar o regresso. Sonhar ainda é permitido…
Eu não queria dizer tanto; nem queria dizer nada. Mas queria agir. À maneira como eu gostaria. E como ele merece. Fazê-lo passar por maus momentos pela insolência, má educação e falta de respeito seria o caminho a seguir. Porém até essa atitude preferi rejeitar, porque também eu desceria ao seu nível. Assim, optei por deixar de comentar neste espaço para não ter que tropeçar em excrementos de javali que dum momento para o outro surgiu dum chafurdo qualquer a conspurcar uma área que até aqui foi frequentada por pessoas civilizadas. Pessoas amigas (cada qual com as suas divergências obviamente) que continuam a tratar-se da maneira que sempre se trataram. Vou deixar aos meus amigos a promessa de continuar a visitar o Cantinho do Tintinaine e todos os sítios por onde andem e eu possa lá entrar e espero que me compreendam e me perdoem eu não fazer comentários nem blogues. Marquemos encontro no facebook. O meu abraço para todos.
 
 

 

 

  

domingo, 23 de junho de 2013

REACENDER DA GUERRA EM MOÇAMBIQUE

O problema é sempre o mesmo: sede de poder. Os que estão e não o querem largar e os que estão de fora e o querem tomar. Meu querido Moçambique, que mereces bem melhor. Espero que se entendam para felicidade de todos os moçambicanos - que já esperam há muitos anos - e não para a felicidade só de alguns. Não foi para desgraçar esse povo, ainda mais, que diziam lutar pela independência. Já a têm há tempo de mais para demonstrarem as boas intenções. Não queiram dar razão ao odiado regime colonialista... Fui dos que sempre defenderam o direito à independência, mas para melhor e não para aquilo que nos estão a mostrar. Viva um Moçambique feliz e próspero para todos os moçambicanos!